Desafios para o bem

Iniciativas tentam buscar soluções para ajudar a comunidade

Gabriela Perufo

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Duas iniciativas que nasceram no meio digital estão ajudando os santa-marienses de diferentes formas. Uma das febres do Facebook de desafiar as pessoas foi adaptada por uma ação que traz benefícios reais para diversas pessoas. Quando ficaram sabendo que uma amiga pedia doações de sangue, o estudante de Direito Matheus Vicente Preto, 25 anos, e o advogado Bruno Halberstadt, 24, gravaram um vídeo no Hemocentro Regional de Santa Maria fazendo a doação de sangue.

Após as imagens serem publicadas no Facebook, no último dia 13, a dupla desafiou os amigos a fazer a ação. Até ontem, eram mais de 40 compartilhamentos no Facebook. Mesmo sem data para terminar, quem não cumprir a tarefa deverá doar R$ 10 para uma entidade carente. A doação pode ser feita em qualquer hospital ou mesmo no hemocentro.
- A ideia é que todos se sintam desafiados, mesmo sem ser marcado no Facebook. Que as pessoas ajudem quem precisa - explica Bruno.

Os dois contam que o objetivo é espalhar a ideia para o máximo de amigos virtuais. Por isso, marcaram familiares, professores e até amigos de outras cidades.
- Percebi que a ideia funcionou quando vi pessoas que eu não conhecia compartilhando a ideia da doação de sangue - disse Matheus.

Grupo busca melhorias com a comunidade

Que o meio virtual também é um lugar para discussões de problemas, todos sabem. Agora, transformar as problemáticas em ações práticas é o desafio do Núcleo Experimental de Web Cidadania, integrado ao site Nossa Santa Maria.
Cerca de 40 pessoas, entre alunos, professores e funcionários da Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma) participam da iniciativa que existe desde 2013.

No site, os internautas podem indicar problemas na cidade e apontar soluções. Já o núcleo é responsável pela parte prática.
- A ideia estava no site, mas faltava a parte humana do trabalho. Com a parceria, saímos da estante para ir para a rua - conta Liana Merladete, que integra o núcleo.

O Web Cidadania é dividido em cinco grupos. Um deles, o de Educação Jurídica e Entretenimento teve a sua primeira atividade no sábado. Participantes foram até a Praça Dom Bosco, na RST-287, em Camobi. Por estar com a grama alta, o local deixou de ser frequentado pela comunidade.

- A ideia é fazer um levantamento das reclamações e entregar para a prefeitura, mas não queremos deixar apenas nas mãos dos agentes públicos. Também queremos agir - explica Liana.

Em 5 de abril, o grupo irá organizar uma mateada na praça, a fim de recolher mais depoimentos sobre o local e também explicar as ações do grupo para a comunidade.

Em 28 do mesmo mês, está previsto um debate, na Câmara de Vereadores, sobre todas os trabalhos do núcleo.

(dsm/rbs)
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